Entre a sedução e a resistência
“Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas.” (Pv 1. 10)
Não é difícil notar que somos mais facilmente atraídos pelo mal do que pelo bem. Quando vemos uma criança, mesmo ainda tão pequena, imitando coisas ruins que viu ou ouviu em algum lugar, percebemos esse fato. A questão fica ainda mais evidente com a dificuldade e trabalho que os pais tem para ensinar o que é correto a criança. O mal parece ter uma influência muito mais poderosa sobre nós que o bem, e realmente tem. Isso se deve à nossa natureza voltada ao pecado, que nasce conosco e que só pode ser resistida através de uma vida de obediência a Deus.
A sabedoria dos provérbios, porém, nos desafia. Já com alguma idade temos condições de perceber o que são os males que existem ao nosso redor. Sabemos quais são as nossas fraquezas. Sabemos qual o caminho devemos seguir e qual devemos evitar. Sabemos as conseqüências dos nossos atos, bons ou ruins. Sabemos o tipo de pessoas que nos cercam. Sabemos…
O grande problema é que existe um grande abismo entre o saber e o fazer. Sabemos que temos que tomar determinada decisão, mas não a tomamos. Isso faz com que o nosso saber não tenha utilidade. Temos aos montes pessoas que sabem que devem andar no bem, mas não andam, pois são influenciadas pelo mal e permitem tal influência.
Aquele que quer viver uma vida correta na presença de Deus precisa colocar o que sabe em prática. O provérbio nos desafia a tomar uma decisão diante dos pecadores que vierem nos seduzir e, é claro, diante do pecado que nos apresentam: “…não o consintas.” (Pv 1. 10)
Isso equivale a bater o pé, resistir, não ceder. Uma atitude difícil já que resistir ao pecado e ao pecador que nos apresenta o pecado, num mundo dominado por eles, equivale a ser perseguido. É uma questão de decisão. O que achamos mais importante? Fazer a vontade de Deus ou a vontade do pecado e do pecador que nos seduz? Colocar aquilo que sei em prática ou ter novas experiências com o pecado apresentado a mim?
Todos os dias estaremos entre a sedução e a resistência. A nossa decisão por uma ou por outra dirá quem somos, se estamos seguindo a vontade de Deus ou não.
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