É verdade que um pouco de ciúme é bom para os relacionamentos?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Mas por que muita gente acha que ESTUDAR A BÍBLIA pode ser de qualquer jeito, sem MÉTODO?

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Você Pergunta: Eu e meu marido temos uma boa relação, mas nem eu nem ele somos ciumentos. Algumas amigas dizem que isso é muito estranho, pois o ciúme dá uma temperada no relacionamento e faz com que seja melhor. Isso é verdade? Será que um casal pode ser feliz e ter um relacionamento abençoado sem serem ciumentos? Será que eu e meu marido estamos perdendo alguma coisa em nosso relacionamento não tendo pelo menos um pouco de ciúmes um do outro?

Cara leitora, esse é um assunto que confunde muitas pessoas, pois o ciúme na Bíblia é apresentado como uma obra da carne! Será que uma obra da carne pode ser também uma coisa boa?

Isso nos leva a perceber a importância de esclarecermos alguns pontos para que haja um entendimento bíblico e equilibrado que contribua para um relacionamento à maneira de Deus, que é o tipo de relacionamento que, de verdade, fará o ser humano feliz.

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Um pouco de ciúme ajuda o relacionamento?

(1) O dicionário define o ciúme como “receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós. Inveja. Receio”.

Na prática, isso significa que a pessoa que sente ciúmes deseja que determinado sentimento ou atitude de outra pessoa seja apenas e exclusivamente para ela.

Esse sentimento muitas vezes desencadeia um desejo possessivo sobre outra pessoa, o que pode ser muito prejudicial, e geralmente é, pois não somos donos da vida de outras pessoas!

(2) Na maioria das vezes em que a Bíblia trata sobre o ciúme ela o trata como sendo um fruto da carne, ou seja, algo que não é sábio, antes é pecaminoso:

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia (…) ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções” (Gálatas 5:19-20).

Inclusive, no capítulo mais conhecido da Bíblia que fala a respeito das características do verdadeiro amor, é dito: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece” (1Coríntios 13:4).

Isso nos mostra que o ciúme, na verdade, é um inimigo de uma relação saudável e não um amigo como alguns pensam erroneamente, achando que falta de ciúme é falta de amor!

(3) Muitas pessoas confundem o ciúme com aquele zelo cuidadoso pelo outro, que é algo positivo! Zelo não é ciúme.

Sentir que a outra pessoa zela por você, que é fiel, que te ama de verdade, que tem atitudes carinhosas é o que todos querem, não há nenhum erro nisso, inclusive, isso deve existir muito nos relacionamentos. Mas isso não tem nada a ver com ser ciumento.

A atitude de zelar pelo outro é muito abençoada e deve existir dentro de todas as esferas de relacionamento. Já o ciúme está mais ligado a um desequilíbrio desse zelo, onde a pessoa tem sentimentos de desconfiança frequentes e também de possessividade sobre o outro, coisas essas que não contribuem para um relacionamento melhor.

(4) Assim, melhor que cultivar o ciúme em um relacionamento (mesmo que seja um pouco), é cultivar o zelo um pelo outro.

Isso pode ocorrer em formas de atitudes de confiança, de fidelidade, de carinho, de amor, de afeto, de atenção, de cuidado, enfim, todo tipo de atitude construtiva feita pelo outro com o objetivo de que o amor cresça e amadureça cada vez mais.

Relacionamento maduros têm cada vez menos a presença do ciúme e cada vez mais a presença dos frutos do amor equilibrado. Quais são esses frutos? 1 Coríntios 13:4-7 nos ensina:

“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Tempere o relacionamento com esses deliciosos temperos e ele será fantástico. Coloque nele o ciúme e ele começara a azedar mais cedo ou mais tarde.

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