Não sou casada no papel. Posso tomar santa ceia?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
VOCÊ TEM UM MÉTODO? A grande maioria das coisas precisa de um método para ser feita! Como fazer um bom arroz, soltinho na panela? TEM MÉTODO!

Como construir uma bela casa? TEM UM MÉTODO! Não dá para começar a construir pelo telhado, não é mesmo?

E para estudar a Bíblia e entendê-la bem, precisa de... acertou: MÉTODO!

Mas por que muita gente acha que ESTUDAR A BÍBLIA pode ser de qualquer jeito, sem MÉTODO?

Eu sou o Presbítero André Sanchez e MEU MÉTODO de ensino da Bíblia já ajudou mais de 25 mil pessoas (sim, é esse número mesmo, eu não digitei errado) a estudarem a Bíblia COM MÉTODO e ENTENDIMENTO GARANTIDO!

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Você Pergunta: Antes de me converter e conhecer os caminhos do Senhor eu já vivia amasiada com meu atual companheiro há cerca de 15 anos. Agora que me converti reconheço que preciso acertar a nossa situação. Já me batizei, mas estou em dúvida se devo participar da ceia ou não. Isso porque meu companheiro não aceita se casar certinho de papel passado, pois ele ainda não é cristão e quer que as coisas continuem como estão. O que devo fazer? Não poderei nunca tomar a santa ceia se ele não aceitar regularizar a nossa situação?

Cara leitora, essa sua situação tem sido a dúvida de muitas pessoas que antes de se converter viviam vidas longe de Deus, mas após a conversão, desejam mudar aspectos que não agradam a Deus e que também as incomodam por causa da nova vida em Cristo.

Gostaria de fazer algumas considerações sobre esse seu caso, a fim de chegarmos a uma conclusão acertada e bíblica sobre o assunto. Antes de tudo, temos pelo menos 3 situações que costumamos ver em casos como esse:

1- Os dois são crentes e não querem casar;

2- Um crente e um não crente – se juntaram antes da conversão (o não crente não quer casar);

3- Um crente e um não crente – se juntaram depois da conversão (o não crente não quer casar).

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Posso tomar Santa Ceia estando amasiada?

(1) A grande marca que vemos na vida de cristãos verdadeiros é o desejo de mudar aspectos de suas vidas que não agradam a Deus e que foram contraídos quando ainda não conheciam a Cristo.

Inclusive, isso é muito ensinado na Bíblia: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efésios 5:8).

Quando essas mudanças dependem exclusivamente de nós mesmos creio que tenhamos uma responsabilidade maior de lutarmos contra o que está errado e implantar aquilo que é correto e de acordo com a vontade de Deus.

Por isso, em todos os casos, a parte que é crente sempre deve buscar essas mudanças naquilo que depende dela e também buscar influenciar positivamente o outro para que também possa mudar!

Mas vamos agora analisar os casos que citei no começo desse estudo. Como a pessoa deve agir em cada caso? E como a igreja deveria tratar cada um deles?

Os dois são crentes e não querem casar

(2) Temos aqui um caso de desobediência a Palavra de Deus! O casal de crentes está vivendo juntos como casados, sem ser casados. Isso se chama fornicação.

O casal deve ser orientado a regularizar sua situação, deverá sofrer alguma disciplina a fim de que se restaurem nessa questão e se tornem modelos de crentes fieis.

O objetivo é a restauração, por isso, devem ser acompanhados e podem ficar sem tomar santa ceia como forma de reflexão e incentivo para restauração!

Um crente e um não crente – se juntaram antes da conversão (o não crente não quer casar)

(3) Esse é um dos casos que mais acontecem. A pessoa já chega na igreja “juntada”. Ela se converteu, quer casar, porém, o “marido” não quer dar o casamento, prefere ficar juntado.

Quando o “marido” não desejar regularizar o casamento, penso que devamos entender que a Bíblia é clara quando diz que “…cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12).

A parte cristã é orientada nesse caso a buscar um convencimento do outro, a orar por esse propósito, a fim de que aconteça um convencimento do não crente em regularizar  o casamento!

Se a parte cristã tem o desejo de regularizar seu casamento, mas o companheiro resiste a essa questão, a parte cristã não pode mais ser culpada de viver amasiada, pois não mais depende dela a regularização da situação.

Alguns podem pensar que nesse caso a separação seria a solução, porém, não seria o ideal uma separação nesse caso, já que existe uma relação já construída.

Sendo assim, creio que a igreja não deve proibir (nesse caso) o servo de Deus de participar da Santa Ceia, pois não seria justo ser privado da comunhão por algo que não está somente em suas mãos resolver.

Esse servo deve sim participar de todos os benefícios de quem é nova criatura e está em Cristo. Mas é importante conversar com carinho com a liderança da igreja sobre essa questão, para que tudo fique bem esclarecido!

Um crente e um não crente – se juntaram depois da conversão (o não crente não quer casar)

(4) Esse é um caso clássico de desobediência à palavra de Deus! A parte crente entra em jugo desigual, ou seja, começa a se relacionar com uma pessoa que não abraça a fé, e ainda agrava mais a situação se juntando em uma relação de fornicação. É um caso típico de escolher fazer errado, sabendo que é errado!

Esse é um dos casos mais difíceis, pois precisará ser avaliado sob dois aspectos: Em primeiro lugar, o crente está arrependido e querendo regularizar a situação? Se esse for o caso uma disciplina será necessária para acompanhamento e restauração.

Em segundo lugar, o crente não está arrependido e deseja permanecer nesse pecado, sem mostrar sinais de desejo de restauração? Se assim for, será preciso uma admoestação mais dura e também disciplina para que haja uma conversão verdadeira do coração!

(5) Como podemos ver, não são casos simples de resolver, por isso, é preciso muita oração e busca da direção de Deus em tais caso, a fim de que o nome de Deus seja honrado e as pessoas envolvidas restauradas!

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