A Bíblia deve ser levada ao pé da letra?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
VOCÊ TEM UM MÉTODO? A grande maioria das coisas precisa de um método para ser feita! Como fazer um bom arroz, soltinho na panela? TEM MÉTODO!

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E para estudar a Bíblia e entendê-la bem, precisa de... acertou: MÉTODO!

Mas por que muita gente acha que ESTUDAR A BÍBLIA pode ser de qualquer jeito, sem MÉTODO?

Eu sou o Presbítero André Sanchez e MEU MÉTODO de ensino da Bíblia já ajudou mais de 25 mil pessoas (sim, é esse número mesmo, eu não digitei errado) a estudarem a Bíblia COM MÉTODO e ENTENDIMENTO GARANTIDO!

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Você Pergunta: Um amigo meu, conversando comigo sobre religião e sobre a Bíblia, me disse que não devemos levar a Bíblia tão ao pé da letra. Eu não soube o que responder a ele, pois sou nova convertida. Ele me disse, por exemplo, que existem muitos mitos na Bíblia e que devemos aproveitar apenas algumas passagens que são mais objetivas e comprovadas. O que poderia responder para ele?

Cara leitora, essa é uma afirmação que realmente é feita por muitas pessoas. Você vai se surpreender, mas em algumas coisas seu amigo está certo. Não são todas as coisas que estão na Bíblia que devemos levar ao pé da letra. Mas calma, antes de se desesperar com isso, eu explico:

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A Bíblia deve ser levada ao pé da letra?

(1) Levar algo ao pé da letra significa interpretar aquilo literalmente. Quem estuda a Bíblia sabe que não podemos interpretar toda a Bíblia literalmente.

Isso porque muitas das passagens, por exemplo, são linguagens figuradas usadas pelos escritores e temos também as famosas parábolas.

Ou seja, são formas de escrita que não devem ser interpretadas literalmente, mas sim considerando a sua forma de escrita. Veja esse exemplo:

“Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Salmos 40:1).

Será que podemos considerar esse texto literalmente? Deus está sentado? Deus precisa se inclinar para ouvir uma oração? Mas Deus não é onipresente, ou seja, está em todo lugar?

Esse é um texto onde, claramente, o autor usa uma figura de linguagem “ele se inclinou para mim” para demonstrar que Deus deu atenção a oração dele. Ou seja, não podemos considerar essa passagem ao pé da letra, antes, devemos considerar a figura de linguagem empregada pelo autor.

(2) Outra coisa a se considerar nos escritos sagrados é que eles não têm apenas citações dos servos de Deus e de Deus.

Isso deve nos levar a sempre avaliar os contextos e observar quem está sendo citado ou falando, para observar se aquilo é uma fala inerrante de Deus ou de homens, ou mesmo até do diabo, pois temos falas dele na Bíblia (por exemplo em Mateus 4:8-9).

Por exemplo, temos uma citação bíblica de um homem chamado Jefté que prometeu a Deus sacrificar uma pessoa de sua família caso vencesse a batalha:

“Fez Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem primeiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto” (Juízes 11:30-31).

Se considerarmos esse texto ao pé da letra poderíamos dizer que Deus aprova que façamos sacrifícios humanos? Obviamente que não! O que temos aqui é um texto descritivo, de uma loucura realizada por um homem que não considerou que Deus nunca permitiu que sacrifícios humanos fossem feitos a Ele.

(3) Não podemos também cair no erro que alguns cometem de simplesmente classificar todas as histórias da Bíblia como sendo figura de linguagem (ou mitos na cabeça deles) que não devem ser levados a sério.

Sabemos que várias das histórias são classificadas nos textos como parábolas, essas sim são histórias fictícias usadas como base para trazer ensinos. Jesus usava muito esse recurso.

Porém, alguns classificam tudo como parábola, dizendo, por exemplo, que o dilúvio é um mito, que Adão e Eva foram um mito, etc. Isso é um erro, pois são histórias reais e classificadas na Bíblia como tal.

Essas aconteceram sim ao pé da letra e, grande parte delas, hoje, podem até mesmo ser comprovadas por achados arqueológicos e outros recursos científicos que poucos estão dispostos a estudar, infelizmente.

(4) Assim, podemos concluir que as boas regras de interpretação da Bíblia (e de qualquer outro texto) nos ensinam a avaliar texto e contexto, aplicando técnicas linguísticas que nos ajudam a entender, por exemplo, quando um texto é parábola ou não e quando nele estão figuras de linguagem usuais da língua.

Gostaria de salientar também que o texto bíblico revela sobre ele mesmo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3:16).

A Bíblia é verdadeira e Deus tem mostrado isso a cada dia através até da própria ciência, pois os achados que comprovam muitos dos escritos não param de ser descobertos. Só não enxerga quem não quer.

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