Como Pedro reconheceu Moisés e Elias na transfiguração se ele não os conhecia?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: No texto que relata a transfiguração de Jesus, onde Ele leva para o monte Pedro, Tiago e João, está escrito que Pedro sugeriu a Jesus fazer três tendas: uma para Jesus, outra para Moisés e outra para Elias. Mas como Pedro poderia saber quem eram Moisés e Elias nessa ocasião, já que nunca os havia visto? Foi revelação ou há algo no texto que nos ajude a entender?

A narrativa da transfiguração de Jesus é um dos momentos mais intrigantes e ricos em simbolismo do Novo Testamento. O relato, presente em três dos Evangelhos, é breve, mas repleto de significado e também alguns mistérios. 

Nele, Jesus leva consigo Pedro, Tiago e João a um monte, onde ocorre uma revelação extraordinária que costuma ser chamada de transfiguração. Mas existe algo incrível que acontece ali, o aparecimento de dois dos maiores personagens do Velho Testamento! Conforme descrito em Mateus, vemos:

“E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele” (Mateus 17:3).

Em seguida, Pedro, maravilhado, propõe: “Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias” (Mateus 17:4).

O que chama atenção neste episódio é a clareza com que Pedro identifica os dois personagens que surgiram ao lado de Jesus, mesmo que nunca os havia visto antes. 

As narrativas dos Evangelhos – Mateus, Marcos e Lucas – apresentam esse acontecimento de forma extremamente resumida, deixando em aberto como exatamente Pedro pode reconhecer Moisés e Elias. 

Contudo, essa brevidade não impede que possamos refletir e propor possíveis explicações, sem deixar de reconhecer o mistério que envolve o evento.

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Possibilidades para a revelação a Pedro

A Revelação Divina

Um dos caminhos mais plausíveis para entendermos essa percepção de Pedro é a ideia de que Deus, em sua soberania, revelou a verdade de forma sobrenatural a ele. 

Ao longo da Bíblia, encontramos diversos exemplos onde o Senhor concede discernimento e conhecimento especial aos seus servos.

Um exemplo marcante é o relato envolvendo o profeta Eliseu, quando um dos servos do rei da Síria reconhece algo grandioso sobre como o profeta sabia sobre assuntos sigilosos:

“Respondeu um dos seus servos: Ninguém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir” (2 Reis 6:12).

Assim como Eliseu recebeu uma revelação divina que lhe permitiu discernir o que acontecia nos bastidores do poder, é razoável supor que, naquele momento de comunhão intensa com Jesus, Pedro também tenha recebido uma iluminação especial do Senhor, permitindo-lhe identificar os dois homens que surgiam ao lado de seu Mestre. 

Essa revelação direta por Deus explicaria como Pedro, mesmo sem conhecer previamente esses personagens históricos, reconheceu Moisés e Elias com exatidão.

Aparências e vestes: indícios visuais

Outra hipótese para a identificação imediata está na possibilidade de que Moisés e Elias tenham aparecido de maneira que refletisse suas identidades históricas. 

Embora o texto bíblico não detalhe como eram suas vestes (ou se apareceram ali com vestes visíveis) ou ainda os objetos que poderiam portar nessa ocasião, é possível refletir que os dois tenham se manifestado de forma a caracterizar como eram compreendidos pelos judeus.

Moisés, por exemplo, é frequentemente associado ao cajado e às tábuas da Lei, símbolos que marcariam sua presença e sua missão junto ao povo de Israel. 

Por outro lado, Elias, um profeta de caráter singular, possuía uma vestimenta característica de profeta, feita de tecido grosseiro.

Se, nesse encontro, ambos tivessem aparecido com elementos visuais que remetessem às suas trajetórias – como o cajado e as tábuas para Moisés e vestimentas que apontassem para o “jeitão” de Elias – Pedro, com sua sensibilidade espiritual aguçada, poderia ter identificado instantaneamente quem eram aqueles homens.

A conversa com Jesus: revelação através do diálogo

Outra pista importante que pode ter contribuído para a compreensão de Pedro está na própria conversa que acontecia naquele local sagrado. 

Em Lucas, o relato nos diz que: “os quais apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém” (Lucas 9:31).

Embora Lucas não entre em detalhes, essa referência à conversa indica que havia um diálogo significativo ocorrendo entre Jesus e os dois representantes da Lei (Moisés) e dos Profetas (Elias). 

Essa comunicação sobre a “partida” de Jesus – sua paixão e morte – pode ter sido carregada de significados teológicos. Nesse contexto, a presença de Moisés e Elias não seria apenas uma coincidência, mas uma reafirmação de que Jesus estava prestes a cumprir o plano divino, ligando a nova aliança à tradição da Lei (Moisés) e à mensagem dos Profetas (Elias). 

Assim, através das palavras trocadas, Pedro poderia ter compreendido, de forma intuitiva ou mesmo explícita, a identidade dos dois personagens e o propósito daquele encontro.

Deus pode ter somado essas possibilidades!

Não é necessário adotar uma única explicação para resolver essa questão; na verdade, é bastante plausível que essas três possibilidades – a revelação divina, os indícios visuais e a comunicação reveladora – tenham atuado de forma conjunta. 

Deus, em Sua soberania, pode ter operado simultaneamente em diversas camadas da percepção de Pedro:

  • Revelação sobrenatural: Concedendo a ele discernimento espiritual para reconhecer a presença de figuras tão emblemáticas.
  • Sinais visuais: Através de uma manifestação que enfatizava características históricas e simbólicas de Moisés e Elias.
  • Diálogo esclarecedor: Com as palavras de Jesus e o conteúdo da conversa que, mesmo que de forma resumida, transmitia a importância e a identidade dos presentes.

Esse ajuntamento de informações, não apenas esclarece o episódio, mas também enriquece o significado da transfiguração, ressaltando que o evento foi planejado para confirmar a identidade de Jesus e sua missão de cumprir a Lei e os Profetas. 

Ao reconhecer Moisés e Elias, Pedro testemunhava a continuidade da revelação divina – um elo entre o Antigo e o Novo Testamento que reforçava o caráter messiânico de Jesus.

Reflexões finais

Apesar de o texto bíblico não oferecer uma explicação detalhada sobre como Pedro obteve esse conhecimento, ele nos convida a refletir sobre a natureza da revelação divina.

A transfiguração, além de ser um momento de glória, é também uma lição sobre a maneira como Deus opera: de forma misteriosa, multifacetada e, acima de tudo, transformadora.

Cada elemento do relato – a aparição dos personagens históricos, as possíveis vestes e objetos que poderiam estar portando, a conversa que se desenrolava – aponta para um propósito maior: confirmar que Jesus é o cumprimento da Lei e dos Profetas, e que sua missão transcende o tempo e a compreensão humana. 

Essa revelação para Pedro, e consequentemente para todos nós que estudamos esse episódio, nos lembra que há mistérios na fé que se revelam de maneira surpreendente, desafiando-nos a aprofundar nossa compreensão e confiança em Deus.

Em resumo, podemos sugerir que Pedro soube identificar Moisés e Elias por meio de uma combinação da revelação divina, dos sinais visuais possivelmente apresentados e da mensagem transmitida na conversa com Jesus. 

Essa multiplicidade de elementos evidencia que, mesmo diante do breve relato feito por Mateus, Marcos e Lucas, a transfiguração está repleta de nuances teológicas e espirituais que reforçam a identidade e a missão de Cristo.

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