Apocalipse: um tempo, dois tempos e metade de um tempo! O que é isso?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Eu li em Apocalipse 12:14 uma expressão que não consegui entender bem! Ali diz que a mulher foi até o deserto, onde foi sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo. Qual é o mistério que envolve esses números? Dá para saber exatamente quantos dias isso representa e em que período da história se cumpre?

No universo profético das Escrituras, há expressões que, à primeira vista, parecem envolver cálculos exatos que Deus quer que saibamos, mas que na verdade apontam para significados muito mais profundos e simbólicos. 

Temos três textos na Bíblia que citam a expressão “um tempo, tempos e metade de um tempo”. São eles Daniel 7:25; Daniel 12:7 e Apocalipse 12:14. Desses, os textos de Daniel apontam para fatos que já aconteceram (na época dos Macabeus) e Apocalipse aponta para fatos que estão em andamento na história!

Será que o objetivo de Deus é que saibamos de um cálculo especifico de dias com essa descrição? Vejamos!

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Revelação de um tempo, tempos e metade de um tempo

O livro de Apocalipse se inicia com a palavra “revelação”, indicando que aquilo que seria oculto agora vem a ser desvelado. Esse ato de revelar, porém, não tem o propósito de trazer datas exatas, mas de transmitir verdades espirituais e a soberania de Deus sobre os acontecimentos históricos. 

A presença de números e períodos, como “um tempo, tempos e metade de um tempo”, não tem a função de confundir, mas de orientar os fieis a permanecerem firmes na fé durante os períodos de provação que estão em curso.

A repetição dessa expressão em outros textos (como em Daniel) reforça que se trata de um padrão sobre coisas que irão se cumprir, apontando para períodos de intensos desafios e, simultaneamente, de proteção do Senhor para o povo de Deus.

O contexto de Apocalipse 12:14

A passagem de Apocalipse 12:14 nos apresenta uma imagem poderosa: a mulher, que representa o povo de Deus – dos santos tanto do Antigo quanto do Novo Testamento – recebe “as duas asas da grande águia” para fugir para o deserto, onde ela será sustentada “durante um tempo, tempos e metade de um tempo” (Apocalipse 12:14)

Essa proteção divina simboliza a preservação do povo de Deus em meio à perseguição e à intensa atividade do inimigo, simbolizado pela serpente.

Essa proteção não é uma fuga física, mas aponta para o cuidado e a intervenção do Senhor em momentos de provação histórica. Deus livra seu povo na provação e não dá provação!

A Interpretação simbólica do tempo em Apocalipse

Quando lemos “um tempo, tempos e metade de um tempo”, devemos compreender que Deus não está buscando uma exatidão cronológica, mas sim utilizando um recurso simbólico para transmitir que os períodos de aflição e julgamento têm dimensões que ultrapassam a nossa compreensão humana. 

Em outras palavras, esse modo de contar o tempo revela um mistério que diz: “não se preocupe com a exatidão dos dias, mas com a fidelidade a Deus durante as tribulações”.

Alguns estudiosos sugerem que esse período pode ser interpretado como 3 anos e meio, fazendo um paralelo com outros textos proféticos. 

Por exemplo, em Apocalipse 13:5, lemos: “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses” (Apocalipse 13:5)

Já em Apocalipse 12:6, o texto nos diz: “A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias” (Apocalipse 12:6)

Esses períodos, 42 meses e 1260 dias, somam aproximadamente 3 anos e meio cada um, reforçando a ideia de que o tempo profético é, em grande parte, simbólico e indica um período de intensa batalha espiritual entre o bem e o mal.

Esse período de tempo (metade de 7 anos) indica algo que ainda não se completou totalmente (7 é o número da perfeição, da completude).

Isso porque a história se completa com a vinda de Cristo e a instauração plena e total de seu reino, que será vivido em triunfo, debaixo do governo pleno do Senhor Jesus Cristo, com todos os inimigos plenamente derrotados!

Deus não pretende que saibamos os números de forma exata, mas os usa de forma simbólica para mostrar algo que vai acontecer em nosso tempo e saberemos identificar quando acontecer! Por isso, o acontecimento (proteção de Deus até o fim) é mais importante que tempos exatos!

Entre a primeira e a segunda vinda de Cristo

Uma interpretação amplamente aceita é que esse período simbólico representa o intervalo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Durante esse tempo, o diabo se lança com grande força contra a igreja, tentando derrubar os fundamentos da fé. 

No entanto, a proteção divina demonstrada na fuga da mulher para o deserto simboliza a garantia de que, mesmo em meio à perseguição e aos desafios, o povo de Deus está seguro sob o governo soberano do Senhor.

Dessa forma, o período de “um tempo, tempos e metade de um tempo” não é uma contagem exata de dias ou anos a ser computada, mas um convite para que os fieis permaneçam firmes na fé, sabendo que Deus, em sua infinita sabedoria, governa todas as coisas. 

Não cabe a nós decifrar exatamente a duração desse tempo, pois o autor de Apocalipse, ao utilizar números figurativos, busca nos ensinar sobre perseverança e confiança em meio às tribulações.

A importância de não se focar na exatidão dos cálculos

Se tentássemos estabelecer uma data ou um número exato de dias para o cumprimento dessa profecia, estaríamos desviando do verdadeiro objetivo do livro de Apocalipse. 

A revelação não se propõe a nos dar uma cronologia precisa dos eventos, mas sim a nos assegurar que, mesmo quando as forças do mal parecem ter vantagem, a intervenção de Deus é certa e definitiva. 

Assim, ao invés de nos preocuparmos em “fazer contas”, nosso foco deve estar em manter a fé e a vigilância, lembrando que o governo de Deus se estenderá por toda a eternidade.

A mensagem central desse mistério revelado é clara: mesmo que o povo de Deus atravesse períodos de grande adversidade, há sempre uma intervenção divina que assegura a sua proteção e, por fim, a vitória do bem sobre o mal.

Esse entendimento nos motiva a perseverar, mesmo quando os sinais dos tempos nos parecem confusos e enigmáticos.

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