Como Deus escolheu salvar pessoas antes da fundação do mundo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Eu tenho muitas dúvidas sobre os textos que falam que Deus escolheu pessoas antes da fundação do mundo, pois isso me passa a ideia de que tudo já está desenhado por Deus e que nós não temos nenhum poder de escolha! Isso gera muitos choques com a minha fé em Deus, pois me parece injusto que seja assim! Eu sei que posso estar interpretando errado também, então, pode me ajudar a entender?

A reflexão sobre a predestinação e a escolha do Senhor é um tema que desafia nossa lógica humana cotidiana e exige uma análise profunda das Escrituras. 

Quando falamos de certas coisas que Deus faz, nem sempre é como aplicar uma lógica de “dois mais dois igual a quatro”! Às vezes a reflexão precisa ir mais fundo, inclusive, buscando compreender versos bíblicos que não são tão simples. 

Então, precisamos ter paciência para reflexões mais demoradas e mais complexas que, nem sempre, irão nos satisfazer com as respostas que elas trazem! Por exemplo, veja como este verso nos provoca muitas dúvidas:

“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele…” (Efésios 1:4).

Ele apresenta um mistério que tem sido debatido ao longo dos séculos. Se pensarmos logicamente, seria difícil entender como Deus poderia escolher uma pessoa sem que ela nem sequer tivesse nascido ou nem mesmo praticado qualquer ato, não é mesmo?

Essa questão já foi levantada antes e o apóstolo Paulo disse o seguinte: “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço” (Romanos 9:11-12).

Estudiosos e teólogos se empenharam em compreender e sistematizar explicações para textos complexos como esses, dando origem a (pelo menos) duas grandes correntes de interpretação sobre a predestinação, eleição e temas que circundam essas questões. 

No desenvolvimento deste estudo, exploraremos essas duas abordagens para ajudar a esclarecer algumas das dúvidas levantadas, trazendo à luz outros textos que reforçam essa temática, como este:

“E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8:30).

Você deve estar se perguntando: como é possível Deus predestinar uns para salvação e deixar outros morrer condenados?

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Entendendo a predestinação na perspectiva bíblica

A escolha do Senhor é porque ele viu o futuro?

Uma das correntes teológicas defende que Deus, em sua onisciência, contemplou o futuro e, assim, escolheu aqueles que iriam crer nele.

Segundo essa visão, Deus não viola a liberdade humana, pois o seu conhecimento prévio não significa Deus obrigando as pessoas a nada, mas sim uma previsão do que os seres humanos fizeram com livre-arbítrio no futuro. 

Para esses teólogos, o fato de Deus ter escolhido “antes da fundação do mundo” não implica que as pessoas sejam privadas de sua liberdade de escolha, mas sim que a escolha de Deus se baseia no conhecimento de como cada coração responderia à sua revelação.

Essa posição argumenta que:

  • Deus, em sua soberania, contemplou o futuro e reconheceu que certos indivíduos responderiam com fé e entrega a Ele.
  • Assim, antes mesmo de nascermos, Deus já sabia quais seriam os que efetivamente responderiam ao chamado de salvação. Dessa forma, Deus escolheria “fulano de tal” porque sabia que ele viria a crer, enquanto “fulano da Silva” não seria escolhido por não manifestar a fé necessária.
  • Essa abordagem busca conciliar a liberdade humana com a soberania divina e reforça que todos os seres humanos têm a mesma oportunidade, pois a escolha se baseia na resposta futura e não num capricho arbitrário de Deus.

Contudo, uma crítica comum a essa visão é a difícil conciliação entre a soberania absoluta de Deus e a real liberdade do homem. Estaria, então, o homem, na direção completa da sua salvação? Nesse sentido, onde entraria a salvação pela graça? – Questionam alguns!

Essa tensão é justamente o ponto de debate central, pois enquanto uma parte da teologia enfatiza a liberdade humana, outra ressalta o mistério da soberania divina, sem que ela fira a responsabilidade humana, o que é, de fato, um mistério!

Deus escolhe porque quer escolher, sem mérito humano algum?

Outra corrente teológica, por sua vez, defende que a predestinação refere-se a um ato soberano de Deus que transcende qualquer pressuposto do comportamento humano.

Segundo essa visão, não é o ser humano que escolhe, mas Deus, em seu ato de graça, decide, independentemente da ação prévia ou da resposta humana que pudesse ser prevista. Essa posição enfatiza que:

  • A predestinação é um ato completamente soberano de Deus, e a salvação dos indivíduos é resultado exclusivo da graça divina. Ou seja, o homem responde ao chamado porque Deus o tocou.
  • A condição humana – afetada pelo pecado – torna o homem incapaz de se salvar por si próprio, e, portanto, Deus intercede para chamar e salvar um número específico de pessoas. Assim, cada etapa da salvação – a escolha, o chamado, a justificação e, por fim, a glorificação – é determinada pela vontade divina, como afirma o texto: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Romanos 8:30).
  • Essa visão ressalta que, mesmo diante de uma escolha divina antes da fundação do mundo, o protagonismo da ação humana não é anulado, mas sim inserido em um contexto onde a resposta do homem à graça de Deus é fundamental, mesmo que essa resposta seja inicialmente despertada pela própria ação soberana de Deus.

Entretanto, essa abordagem também suscita questionamentos, especialmente a respeito da justiça divina. Se Deus predestina alguns para a salvação (já que não são todos que se salvam), poderia isso ser interpretado como uma ação arbitrária e injusta da parte do Senhor?

Muito debate também é realizado sobre a questão de que esse ponto de vista parece apontar que Deus predestina pessoas também ao inferno!

Como percebemos, nenhum ponto de vista é totalmente livre de questões a serem debatidas!

Considerações finais e o papel da evangelização

Independentemente de qual abordagem teológica se adote – a que enfatiza a previsão do futuro humano ou a que enaltece a soberania plena de Deus – o elemento central que une todas as vertentes é o fato de que, segundo as Escrituras, Deus escolheu e predestinou. 

Os textos de Efésios 1:4 e Romanos 8:30 nos indicam isso de forma clara! Eles nos reafirmam que essa escolha não é fruto de uma lógica humana simplista, mas de um mistério divino que transcende nossa compreensão em muitos pontos (caso contrário, nem teríamos mais debates sobre isso, não é mesmo?).

Diante disso, o que podemos aprender para a prática da fé? Primeiramente, que essa discussão não deve nos afastar do compromisso com a evangelização e a santidade. Independentemente da forma como interpretamos a predestinação, o mandato de servir e testemunhar permanece. 

A obra do evangelho se manifesta na liberdade de buscar a Deus e na resposta de fé que Ele espera de cada ser humano. A importância do nosso testemunho, da santidade em nossas vidas e do compromisso em compartilhar o amor de Deus é algo que une as diversas interpretações sobre esse difícil tema.

Além disso, compreender essas diferenças pode nos levar a uma postura mais humilde diante dos mistérios que o Senhor colocou diante de nós. A nossa limitação humana não é capaz de decifrar completamente os propósitos de Deus, mas o que nos cabe é a fé e a confiança em um Deus que é sempre justo e bom. 

O debate sobre a predestinação, longe de ser motivo de desânimo, pode servir para aprofundar nossa devoção e nossa busca por uma compreensão mais plena da vontade de Deus.

Em suma, enquanto alguns teólogos sustentam que Deus, ao olhar para o futuro, escolheu com base na resposta que as pessoas dariam, outros afirmam que a escolha divina é, integralmente, soberana, sendo um ato livre de qualquer contingência humana. 

Ambas as interpretações reconhecem que a Palavra de Deus revela uma verdade essencial: Ele é o autor da salvação. Nosso desafio, então, é viver a fé com intensidade e dedicação, saboreando o mistério de um Deus que nos chamou e nos transformou, sempre agindo com amor e justiça.

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