A Bíblia orienta a não estudar muito em Eclesiastes 12:12: “o muito estudar é enfado da carne”?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você pergunta: Eu sempre aprendi que o estudo da Bíblia (e o estudo em geral também) é algo muito importante para os ser humano. Que quanto mais nos dedicarmos ao estudo, melhor! Mas fiquei surpresa ao ler Eclesiastes 12:12, onde diz que o estudar muito é enfado da carne, trazendo o estudo como algo negativo. Como podemos entender esse texto?

Caro leitor, a questão levantada é muito interessante e realmente confunde muitos estudantes da Bíblia. Como podemos entender o que o autor de Eclesiastes quis dizer ao afirmar que “não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne”? 

Será que o texto está desestimulando o estudo? É claro que não! A análise do contexto e o significado dessa passagem, nos mostra exatamente as lições que o Sábio quis comunicar ali.

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Estudar muito é enfado da carne em que sentido?

(1) O livro de Eclesiastes foi escrito por Salomão, e, claro, tem também inspiração em ensinos de vários sábios incorporados a ele. Salomão foi um rei conhecido por sua sabedoria e vasto conhecimento, ou seja, alguém que estudou muito!

Ele passou grande parte de sua vida estudando e refletindo sobre a existência, a sabedoria, os prazeres e os trabalhos humanos. 

Ao longo do livro, Salomão enfatiza que as coisas “debaixo do sol” (ou seja, atividades meramente terrenas e sem Deus) são vãs e cansativas, enquanto as que têm Deus como centro são as que realmente trazem propósito.

Em Eclesiastes 12:12, Salomão não está condenando o estudo, mas alertando sobre formas de estudar que não serão edificantes para o filho (e aluno)! Vejamos o texto:

“Demais, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne” (Eclesiastes 12:12).

A frase “não há limite para fazer livros” reflete a realidade de que sempre haverá novas ideias e teorias, muitas vezes até conflitantes, e tentar entender tudo e focar em tudo pode ser exaustivo e improdutivo. E é praticamente impossível, humanamente falando!

Então, diante de tantas fontes de informação, como escolher a fonte saudável e produtiva?

A importância do discernimento nas fontes de estudo

(2) No versículo anterior, Salomão dá uma dica valiosa sobre como devemos direcionar nossos esforços de estudo:

“As palavras dos sábios são como aguilhões, a coleção dos seus ditos como pregos bem fixados, provenientes do único Pastor” (Eclesiastes 12:11).

Aqui, ele enfatiza que as palavras inspiradas por Deus (as Escrituras) são como aguilhões que nos direcionam (e nos corrigem) e pregos que fixam verdades em nosso coração. Essas palavras são provenientes do “único Pastor”, ou seja, de Deus.

A mensagem é clara: enquanto há incontáveis livros e opiniões que podem confundir ou até desviar o estudante, a Palavra de Deus é a fonte segura de sabedoria.

Isso não significa que não podemos ler outros materiais, mas sim que devemos discernir e priorizar aquilo que realmente edifica e está alinhado à vontade de Deus.

O cansaço do estudo e a necessidade de foco

(3) Estudar gasta energia, cansa. Isso é um fato, e Salomão o reconhece. Mas é importante lembrar que esse cansaço faz parte do processo de aprendizado e crescimento. Não é um motivo para desistir, mas sim um lembrete para sermos seletivos e estratégicos, pois não temos tempo e energia infinitos para estudar.

Salomão nos ensina que não podemos abraçar tudo o que há para estudar. Ninguém é capaz de compreender todo o conhecimento produzido pela humanidade. Por isso, devemos canalizar nosso tempo e energia naquilo que é bom e proveitoso.

Um excelente exemplo disso é o apóstolo Paulo. Mesmo em seus momentos mais difíceis, como durante sua prisão, ele não abriu mão do estudo e da reflexão:

“Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (2 Timóteo 4:13).

Paulo sabia da importância de focar nos materiais certos. Ele queria livros (certamente escolhidos a dedo) e os pergaminhos, provavelmente as Escrituras, porque entendia que, em meio ao cansaço, estudar aquilo que realmente importa renova a alma e fortalece a fé.

Estudo bíblico: cansaço sim, desânimo nunca

(4) O cansaço que o estudo traz é natural, mas o desânimo não deve ser uma opção. Salomão nos alerta sobre o excesso de materiais sem valor, mas não despreza o estudo da Palavra de Deus. Ele mesmo dedicou grande parte de sua vida à sabedoria e à escrita de provérbios e reflexões que nos edificam até hoje.

A verdade é que estudar a Bíblia não é apenas uma questão de leitura, mas também de reflexão, oração e aplicação prática. Esse esforço é recompensador porque nos aproxima de Deus, molda nosso caráter e nos dá ferramentas para enfrentar os desafios da vida.

Jesus também destacou a importância de conhecer as Escrituras quando disse:

“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (João 5:39).

O estudo pode ser cansativo, mas é essencial. Ele nos ajuda a conhecer mais profundamente o Senhor e Sua vontade para nossas vidas.

Mas, claro, precisamos ter foco. Se nosso tempo é escasso, por que perder tempo com coisas que não edificam em nada? O melhor é focar no que é essencial!

Conclusão

Eclesiastes 12:12 não desestimula o estudo, mas alerta sobre os excessos e a futilidade de dedicar tempo a materiais sem valor eterno. O autor nos ensina a focar naquilo que realmente importa: a Palavra de Deus, que é proveniente do “único Pastor”.

Embora o estudo seja cansativo, ele é essencial para o crescimento espiritual. Assim como Paulo buscava os pergaminhos em seus momentos mais difíceis, nós também devemos buscar constantemente a sabedoria de Deus, sabendo que o esforço é recompensado. Afinal, o cansaço do estudo não se compara à alegria de conhecer mais profundamente o Senhor.

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