Por que na criação do mundo Deus diz “houve tarde e manhã”? Não eram dias literais?
Você Pergunta: Por que em Gênesis, na criação, Deus sempre termina algumas das criações dizendo que houve tarde e manhã? Parece que não temos dias completos ali. E, se não tem dias completos, como ele pode ter criado todas as coisas em seis dias e descansado no sétimo dia? Pode me ajudar a entender melhor isso fazendo um estudo sobre o tema?
Caro leitor, a narrativa da criação em Gênesis é uma das passagens mais profundas e discutidas da Bíblia. Muitos leitores se perguntam sobre a expressão “hoje houve tarde e manhã” que aparece em cada dia da criação. Como devemos entender isso?
Por que a ordem parece inverter o padrão que usamos hoje (“manhã e noite”)? E, se a marcação do tempo como conhecemos ainda não existia, como Deus criou tudo em seis dias e descansou no sétimo? Vejamos o texto:
“Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” (Gênesis 1:5).
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A criação de Deus: Uma Sequência com ordem
O livro de Gênesis abre com uma descrição de uma terra sem forma e vazia, coberta por trevas (Gênesis 1:2). Deus inicia a obra criativa organizando e preenchendo essa terra, o que sugere que parte da criação já existia desde “o princípio” (Gênesis 1:1). Mas esse princípio não sabemos quando foi criado.
Os dias subsequentes detalham como Deus estruturou a vida na Terra, culminando com o descanso no sétimo dia.
A menção de “tarde e manhã” em cada dia parece mostrar um padrão de conclusão ao final de cada estágio criativo do Senhor. No entanto, essa expressão também levanta questionamentos.
Antes da criação dos luminares no quarto dia (sol, lua e estrelas), não havia um sistema claro para marcar dias como os conhecemos hoje, não é mesmo? Sendo assim, Deus deve ter usado a estrutura final que desejava (uma semana de 7 dias) como um modelo desde o início, mesmo que todas as condições de funcionamento dela ainda não tivessem sido terminados!
Tarde e Manhã: O simbolismo da luz e das trevas
Quando Deus criou a luz no primeiro dia e separou-a das trevas, Ele deu à luz o nome de “Dia” e às trevas o nome de “Noite” (Gênesis 1:5). Essa separação é fundamental para entender a expressão “tarde e manhã”.
O uso de “tarde e manhã” pode estar ligado ao simbolismo da luz como expressão da ordem e presença de Deus, enquanto a “noite” representa o caos ou a ausência de atividade criativa direta. Deus “organiza” durante a luz do dia e encerra o período com a “tarde”, antes de um novo início.
Os luminares e a medida do tempo
Os marcadores do tempo humano — sol, lua e estrelas — só foram criados no quarto dia (Gênesis 1:14-19). Esses luminares tinham o propósito de separar o dia da noite, marcar estações, dias e anos (Além de outros propósitos).
Antes disso, o tempo da criação não podia ser medido como fazemos hoje. Por isso, é provável que os dias descritos em Gênesis 1 não sejam matematicamente precisos como 24 horas. Deus não tinha a intenção que fossem!
Mesmo após a criação dos luminares, a expressão “tarde e manhã” continua sendo usada para descrever os dias da criação. Vejamos:
“Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia” (Gênesis 1:31).
Isso sugere que Deus não estava limitado pelo sistema humano de contagem de tempo. Ele escolheu usar uma estrutura de sete dias para ilustrar um padrão de trabalho e descanso, não necessariamente para definir um período exato em termos cronológicos (naquele momento). Depois de tudo criado, aquilo funciona perfeitamente como Deus definiu.
A Estrutura da Semana: Uma Lição Para a Humanidade
Deus estruturou a semana da criação em sete dias, com seis dias de trabalho e um de descanso. Esse padrão se tornou a base para a organização do tempo humano. A descrição em dias também ensina princípios espirituais importantes:
Trabalho e Descanso: Assim como Deus descansou no sétimo dia, somos chamados a seguir o exemplo de equilíbrio entre trabalho e repouso (Êxodo 20:8-11).
Ordem Divina: A sequência dos dias reflete a ordem e propósito na criação de Deus.
Entendendo as Dificuldades Interpretativas
A Criação como eras?
Alguns argumentam que os “dias” da criação seriam, na verdade, eras ou períodos longos. No entanto, essa interpretação não se alinha bem com o texto hebraico. A palavra “yom” (dia) em hebraico, usada em Gênesis 1, normalmente significa um período literal de 24 horas quando acompanhada de numerais (“primeiro dia”, “segundo dia” etc.).
Claro, no contexto da criação, devemos entender que é a palavra que mais se aproximava ao que Deus estava fazendo, ainda que os dias pudessem não ser exatamente de 24h. Mas a estrutura de dias (dia 1, dia 2, dia 3, etc), indicava a estrutura final que Deus daria à Criação.
Um relato simbólico?
Outros defendem que a narrativa é simbólica e não deve ser lida como um registro histórico. Embora existam elementos simbólicos no texto, há boas razões para acreditar que ele descreve eventos reais. A distinção entre “tarde e manhã” enfatiza uma sequência clara de atos criativos (reais) do Senhor.
Adão e Eva são reais, os animais são reais, enfim, todo o texto apresenta elementos reais criados pelo Senhor. Por que só os dias não seriam reais?
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