Como deve ser a avaliação (examine-se) antes de participar da Santa Ceia?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Não consigo entender bem como deve ser nossa avaliação pessoal antes de tomar a ceia do Senhor. Já ouvi pastores dizerem que, se eu estiver em pecado, não devo tomar a Santa Ceia, e outros dizerem que devemos tomar, pois não existe nenhum ser humano que vá estar 100% sem erros neste mundo! Como devo interpretar 1 Coríntios 11.28?

A Santa Ceia do Senhor é um dos momentos mais sagrados no culto dos cristãos, pois nos remete à obra redentora de Cristo e à comunhão entre os irmãos. 

No entanto, o capítulo 11 de 1 Coríntios revela que, na igreja de Corinto, essa celebração estava sendo marcada por desunião, orgulho e condutas incompatíveis com a seriedade do mandamento deixado por Cristo.

Paulo, ao repreender os irmãos, deixa claro que o problema central não estava na instituição da ceia em si, mas sim na atitude dos participantes ao negligenciarem o autoexame e permitirem que divisões e pecados semelhantes se manifestassem nesse momento solene.

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O contexto da santa ceia em Corinto

Paulo direciona sua exortação à igreja de Corinto num cenário de desunião, destacando que a Ceia do Senhor deveria ser um momento de união e lembrança da obra redentora de Cristo. Na carta, ele expõe:

“Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio” (1 Coríntios 11:18).

Esse versículo evidencia que, antes de tudo, havia um clima de conflito, sendo os preconceitos, os menosprezos e outros comportamentos pecaminosos a base dessa desunião.

Paulo, portanto, utiliza a ceia como um espelho para revelar as falhas espirituais dos irmãos, chamando-os à reflexão e à mudança de atitude. 

Dessa forma, a instituição da Ceia não se trata apenas do ato simbólico de recordar a morte de Cristo, mas também de promover uma transformação interna que reflita uma postura humilde e contrita diante de Deus.

A necessidade do autoexame: “examine-se, pois, o homem a si mesmo…”

Uma das passagens mais marcantes e fundamental da orientação de Paulo, está neste versículo:

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice” (1 Coríntios 11:28).

Aqui, Paulo delega a cada indivíduo a responsabilidade pelo seu próprio exame. A palavra grega “dokimazo” — traduzida como “examine-se” — significa literalmente “verificar, testar ou reconhecer algo como genuíno após uma avaliação detalhada”. 

Este termo enfatiza que o crente precisa se submeter a uma análise sincera de seu coração e atitudes antes de participar da Ceia do Senhor.

Essa postura de autoavaliação é essencial, pois a ceia não é um ritual mecânico e puramente religioso, mas um encontro íntimo com Cristo (que está espiritualmente na ceia) e com a congregação. 

Assim, o exame pessoal torna-se um ato de humildade, onde o crente se coloca diante de Deus para reconhecer seus pecados e pedir ajuda para transformação. Esse chamado à introspecção encontra eco no salmista, que orou:

“vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Salmos 139:24).

O salmo reforça a ideia de que somente um coração sincero e disposto a corrigir seus erros se torna apto para participar da comunhão do Corpo de Cristo.

O crente com essa disposição sincera de se examinar, mesmo que tenha cometido algum erro recente, é chamado a participar. Observe o trecho “e, assim, coma do pão, e beba do cálice” (1 Coríntios 11:28).

O papel do arrependimento e da renovação na Ceia do Senhor

Ao convocar os crentes para um autoexame, Paulo deixa claro que a participação na Ceia do Senhor deve vir acompanhada de uma disposição sincera para o arrependimento. 

A mesa sagrada, onde se partilham os elementos simbólicos – o pão e o cálice –, vai além de um simples ritual. É um momento de encontro pessoal com Cristo, no qual cada participante é convidado a refletir sobre sua vida, reconhecer as áreas que necessitam de mudança e, por isso, reafirmar seu compromisso com a transformação espiritual.

É importante entender que, segundo o apóstolo, a ceia não está reservada para aqueles que se julgam perfeitos, mas para os que, mesmo cientes de suas imperfeições, se aproximam com o coração contrito e a intenção de buscar a correção do Senhor. Paulo esclarece que:

“Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor” (1 Coríntios 11:27).

Esse versículo serve como um alerta severo para aqueles que, por motivos errados ou por orgulho, participam do sacramento sem a necessária reverência e introspecção. 

A expressão “será réu” demonstra que a falta de compromisso com Deus e a falta de reflexão sincera podem trazer sérias consequências espirituais ao indivíduo.

A instrução de “comer do pão e beber do cálice” representa, portanto, um chamado à ação, não apenas ao arrependimento sincero, mas à prática de uma vida renovada, comprometida com os ensinamentos de Cristo.

A ceia, nesse sentido, torna-se um momento de reafirmação, onde o crente se reconecta com sua fé e se prepara, fortalecendo seu coração em Cristo, para uma jornada de transformação contínua.

A mesa da santa ceia: encontro de arrependidos e comprometidos

Para compreender plenamente a mensagem de Paulo, é crucial ressaltar que a mesa da Ceia não é uma mesa para os “perfeitos”, mas para aqueles que, conscientes de suas falhas, se dispõem a buscar a mudança. 

Ao participar da Ceia, o crente deve ter a mente e o coração voltados para o arrependimento e a humildade, conscientes de que o ato ritualístico é um símbolo da renovação contínua proporcionada pelo Espírito Santo. 

Assim, a ceia se torna um ambiente de comunhão que reforça a unidade do corpo de Cristo e exorta seus membros a viverem em conformidade com os padrões do Pai.

Contudo, Paulo também adverte sobre os riscos da participação sem discernimento: “pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si” (1 Coríntios 11:29).

Essa advertência reforça que a falta de autoexame, a ausência de arrependimento e a não observância de uma postura séria diante do sacrifício de Cristo podem resultar em consequências espirituais negativas. 

O “juízo” aqui mencionado se refere à própria condenação que recai sobre aquele que, deliberadamente, despreza a importância da ceia e, por consequência, o valor do sacrifício de Jesus.

Conclusão: O chamado à reflexão e transformação

Em síntese, a orientação de Paulo em 1 Coríntios 11:27-29 nos convida a uma postura de profundo exame pessoal e compromisso sincero com a fé. 

A Ceia do Senhor, instituída por Cristo, é um lembrete da obra redentora que nos une como igreja e exige de cada participante uma postura de humildade, arrependimento e determinação para mudar. 

Não se trata de viver sem cometer erros, mas de assumir continuamente a responsabilidade de buscar a transformação interior e alinhar nossa conduta aos ensinamentos de Jesus.

Portanto, ao se aproximar da mesa da Ceia, cada crente deve se perguntar: “Estou verdadeiramente pronto para me examinar, reconhecer minhas falhas e buscar a mudança?”

Essa pergunta, fundamentada na palavra “dokimazo” – o exame rigoroso de nossa vida –, nos direciona ao caminho da honestidade e da transformação, onde o encontro com o Cristo crucificado nos fortalece e nos guia para uma vida de compromisso verdadeiro.

Lembre-se de que a ceia não é um privilégio reservado àqueles que jamais erram, mas um convite diário ao arrependimento e à renovação. 

É nessa postura de coração contrito que encontramos a verdadeira comunhão com Cristo e com os irmãos, reafirmando nossa fé e nossa disposição para viver conforme a vontade de Deus.

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