O que significa o trono de Satanás estar em Pérgamo?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta |
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Você Pergunta: Presbítero, na carta enviada à igreja em Pérgamo, Jesus diz que ali fica o trono de Satanás. Gostaria de entender sobre o que, especificamente, Ele está se referindo. Seria alguma ação maligna mais forte? Pois Deus é quem governa o mundo, não é mesmo? Como poderia o diabo ter um trono, que indica que ele governa algo, sendo que Deus é quem governa?

As cartas enviadas por Jesus às sete igrejas no livro do Apocalipse não foram apenas mensagens destinadas àquelas comunidades locais. Elas representam, também, advertências, elogios, encorajamentos e correções direcionadas a toda a igreja de Cristo em todos os tempos.

São cartas que ecoam ao longo da história da fé cristã, trazendo lições eternas para os que pertencem ao Senhor.

Ao analisarmos a carta dirigida à igreja de Pérgamo, deparamo-nos com uma afirmação intrigante de Jesus:

“Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita” (Apocalipse 2:13). 

Para compreendermos bem o que o Senhor está revelando aqui, precisamos entender o contexto histórico e religioso da cidade de Pérgamo.

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Pérgamo e sua influência espiritual negativa

Pérgamo era uma cidade localizada na Ásia Menor (atual Turquia), famosa por sua influência cultural, intelectual e religiosa.

Era um centro de adoração pagã, com diversos templos dedicados a deuses como Zeus, Atena, Dionísio e especialmente Esculápio, o deus da cura, que era representado por uma serpente — símbolo bastante sugestivo quando lembramos que Satanás é retratado como serpente nas Escrituras.

Além disso, Pérgamo tinha uma forte presença do culto ao imperador romano. Os cidadãos eram obrigados a declarar publicamente que “César é o senhor”, o que colocava os cristãos em confronto direto com o sistema, pois para eles, somente Jesus é Senhor.

Por essa razão, ser cristão ali significava viver sob constante perseguição e ameaça de morte.

“Conheço o lugar em que habitas” — Jesus vê a realidade do cristão

Jesus começa a mensagem àquela igreja com uma expressão de empatia e conhecimento profundo da situação: “Conheço o lugar em que habitas”. 

Ele não está apenas observando de longe, mas dizendo que entende, com autoridade e compaixão, o que significa viver em um ambiente hostil à fé cristã. Ele reconhece que seus filhos viviam no meio de uma cultura pagã, foram criados nela, mas foram libertos pelo Evangelho.

Isso nos ensina que o Senhor conhece os desafios que cada um enfrenta no ambiente onde vive — seja ele um ambiente familiar, social, político ou espiritual. Ele vê onde habitamos e sabe as pressões que sofremos por carregar o nome d’Ele.

“Onde Satanás habita” — a presença ativa da oposição espiritual

Quando Jesus diz que aquele lugar é “onde Satanás habita”, Ele não está dizendo que o diabo tenha um trono literal na cidade, mas indicando a presença ativa de um sistema maligno operando ali.

Satanás estava trabalhando de forma intensa naquele local, criando um ambiente de oposição direta à fé cristã. Os cristãos de Pérgamo não estavam apenas enfrentando dificuldades naturais, mas sim, resistindo a uma influência espiritual tenebrosa.

Cristãos perseguidos, como Antipas, mencionado por Jesus, foram mortos por não negarem sua fé. E isso mostra o quanto o sistema era hostil à verdade do Evangelho.

A presença do trono de Satanás aponta para um domínio simbólico — um governo maligno exercido por meio de ideologias, idolatrias, falsos cultos e perseguições.

“O trono de Satanás” — possíveis interpretações

Há, pelo menos, cinco interpretações históricas sobre o que poderia ser especificamente esse “trono de Satanás”:

  1. Centro de adoração pagã: Pérgamo abrigava inúmeros templos pagãos. Essa concentração de idolatria poderia representar o trono do inimigo.
  2. Geografia da cidade: Quem chegava à cidade pelo lado leste via a sua topografia parecida com um trono esculpido nas montanhas.
  3. Altar de Zeus: Existia ali um altar imenso dedicado a Zeus, em formato de trono, que pode ter inspirado a expressão usada por Jesus.
  4. Esculápio: O deus da cura, representado por uma serpente, reforça a imagem de Satanás como serpente enganadora.
  5. Culto ao imperador: O mais provável dos significados. O culto ao imperador, onde o imperador era adorado como divindade, impunha aos cristãos um dilema de fé. Negar-se a adorar o imperador significava arriscar a própria vida — como ocorreu com Antipas.

À luz do contexto da carta, especialmente com a referência direta ao martírio de Antipas, parece mais apropriado interpretar o “trono de Satanás” como sendo o próprio sistema político-religioso opressor que exigia adoração ao imperador, colocando os cristãos sob intensa perseguição.

Satanás não governa soberanamente — Deus continua no trono!

É importante destacar que a palavra “trono” aparece 42 vezes em Apocalipse. Destas, 40 vezes estão relacionadas ao trono de Deus. Apenas duas vezes se referem a Satanás e à Besta (Apocalipse 2:13 e Apocalipse 16:10). 

Isso é altamente revelador: Satanás pode até influenciar e agir dentro de sistemas mundanos, mas quem está no trono supremo do universo é Deus!

O trono de Satanás não é sinal de soberania, mas de ação limitada. Ele atua neste mundo como príncipe da potestade do ar, como nos ensina Paulo (Efésios 2:2), mas jamais fora do controle de Deus. 

Sua influência é real, mas temporária, e seus dias estão contados. Jesus já o venceu na cruz, e um dia todo joelho se dobrará diante d’Aquele que se assenta no verdadeiro trono, que governa todas as coisas. Paulo diz algo impressionante sobre isso:

“então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda” (2 Tessalonicenses 2:8).

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