O pecado que mais tem levado crentes para psicólogos e psiquiatras!
Você Pergunta: Eu vivi uma situação com uma pessoa, irmã da igreja, que até hoje enche meu coração de mágoas! O que ela fez contra mim é algo imperdoável! Todos os dias penso nessa pessoa, não consigo me desligar disso! Isso tudo gerou uma grande amargura no meu coração, ao ponto de eu ter até que ir ao psiquiatra! Como resolver isso biblicamente?
Todos nós já sentimos em algum momento a amargura. Ela é aquele sentimento amargo de aflição, angustia, desgosto, de dor moral que nos atinge em cheio na alma.
Sentir amargura não é pecado, mas cultivá-la pode nos levar a muitos pecados e a prejuízos graves para nossa saúde e nossa alma. Isso acontece porque tudo que decorre da amargura gera coisas ruins que impregnam nosso espírito nos fazendo definhar aos poucos.
O jovem José do Egito tinha tudo para ser um amargurado. Foi vendido pelos irmãos como escravo, viveu no Egito como escravo longe do cuidado de sua família, trabalhou duramente como escravo, foi preso injustamente por ser acusado de assediar a mulher do egípcio Potifar, ficou por bastante tempo na prisão.
Ele tinha tudo para ser um amargurado, mas, através de sua vida, nos ensinou preciosas lições de como vencer a amargura:
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1- José não tinha dúvidas sobre a soberania de Deus
José via suas dores como parte do plano de Deus para sua vida. Ele as canalizava e as usava para seu crescimento e maior aproximação de Deus e não como combustível para manter e aumentar a amargura.
Por isso, de um jovem adolescente vendido como escravo pelos irmãos, Ele cresceu a ponto de ser o governador de toda a terra do Egito.
Ele confiava no plano de Deus. E foi isso que Ele declarou à sua família anos mais tarde: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” (Gênesis 45:5).
Quem confia na soberania de Deus procura entender melhor as situações de amargura e as vence, confiando na soberania do Pai e na justiça do Senhor!
2- José não permitia que seu coração ficasse remoendo magoas
Um dos maiores combustíveis para manter a amargura viva é ficar remoendo as mágoas. Insistimos em ficar lembrando (negativamente) das ofensas cometidas contra nós, das dores, das intempéries que passamos.
José preferiu lançar no mar do esquecimento todas as experiências desagradáveis que trouxeram a ele a dor da amargura. O primeiro filho de José nos mostra claramente isso:
“José ao primogênito chamou de Manassés, pois disse: Deus me fez esquecer de todos os meus trabalhos e de toda a casa de meu pai.” (Gênesis 41:51).
Lançar a amargura no mar do esquecimento certamente será um golpe que a enfraquecerá ou a matará em nossa vida.
3- José não permitiu que a amargura criasse raízes
A raiz é o que sustenta uma árvore. Corte a raiz e a árvore morrerá rapidamente. A amargura também é assim.
José tinha motivos para fomentar o ódio contra seus irmãos. Podia tê-los punido quando estava no cargo de governador do Egito, o segundo cargo mais importante do país, apenas abaixo do faraó.
Porém, quando reencontra seus irmãos traidores, mostra que durante os seus treze anos de sofrimento longe de casa, provocado pela maldade deles, ele não permitiu que a amargura criasse raiz em seu coração e produzisse sentimentos e ações reprováveis.
Isso fica claro quando da reação dele perante seus irmãos maldosos: “Disse José a seus irmãos: Agora, chegai-vos a mim. E chegaram-se. Então, disse: Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” (Gênesis 45:44-45).
José tinha ainda em sua memória as dores que enfrentou, mas elas não eram uma raiz de amargura em seu coração, eram apenas uma lembrança de um momento triste superado com a ajuda do soberano Deus. O coração dele estava cheio de boas raízes, que produziam boas árvores, que produziam bons frutos.
4- José não permitiu que a amargura produzisse maus frutos
José entendia que não cabia a ele se vingar ou penalizar seus irmãos. Diante do medo de represália que seus irmão tinham, ele declarou: “Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?” (Gênesis 50:19).
Às vezes diante do nosso sofrimento amargurado queremos achar culpados para descarregarmos nossa amargura. José, porém, confiava que toda retribuição e justiça era função de Deus aplicar conforme Lhe aprouvesse.
Ele teve oportunidades, mas não retribuiu mal com mal, antes, ele perdoou os maus irmãos prontamente, mostrando que não havia vingança em seu coração, que a amargura não acharia lugar para produzir – maus – frutos em sua vida: “José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles” (Gênesis 45:15).
5- José não permitiu que a amargura manchasse seu presente e seu futuro
Será que Deus teria usado grandemente José se ele vivesse preso ao seu passado cultivando desejos de vingança vindos de um coração amargurado? É certo que não!
José não deixou a amargura impedir que ele fosse muito usado por Deus no presente e no futuro. Ele foi um homem que fez diferença em seu tempo e, até hoje, ele é lembrado como um exemplo de homem de Deus. Caso sua amargura fosse sua marca, certamente não seria bem lembrado.
Assim, compreender as nossas amarguras e resolvê-las é muito importante para nosso presente e futuro. A amargura tem caráter impeditivo. Ela pode nos tirar muitas boas oportunidades de sermos muito usados pelo Senhor, além de nos trazer maiores dores, maiores sofrimentos, maiores coisas negativas em todos os sentidos.
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