O púlpito está vazio
O púlpito está vazio! Essa é a minha sensação. Os pregadores que dominam as mídias de massa (e muitos outros) não pregam mais o evangelho. Desviaram-se, trocaram o verdadeiro púlpito, construíram seus próprios púlpitos, onde pregam suas próprias mensagens e não as de Deus. Há poucos dias certo pregador pedia para as pessoas semearem naquele ministério R$ 8.500,00 e ele liberaria uma bênção especial onde a pessoa nunca mais passaria qualquer necessidade em sua vida. Cadê o evangelho aqui?
Guiam o povo para longe do Supremo Pastor, abrem a palavra de Deus para interpretá-la de acordo com seus próprios desejos. Manipulam os textos sagrados que Deus nos deu para nossa bênção para que seus desígnios sejam estabelecidos e não os de Deus.
O homem passou a ser o centro no púlpito, por isso, o púlpito ficou vazio.
A maior necessidade do mundo é ouvir a palavra e Deus e compreendê-la, mas “como ouvirão se não há quem pregue?” (Romanos 10.14).
Pela graça de Deus os pregadores verdadeiros da palavra, não foram extintos! Eles estão espalhados pelos quatro cantos dessa terra. Glórias a Deus por isso!
Mas nunca houve um tempo em que tivemos tantos “pregadores” e tão pouco da palavra de Deus exposta. A mensagem central da Bíblia, a boa notícia, anunciada pelos anjos e proclamada pelos apóstolos, deu lugar a uma pregação focada em bênçãos, focada nos benefícios que Deus pode dar nessa terra. O foco são os tesouros da terra, que ladrões escavam e roubam e que a traça e a ferrugem corroem (Mt 6.19).
Onde está a exposição da Palavra de Deus? Onde foi parar? Onde está a exposição cristocêntrica? Cristo foi deixado de lado, pois esses púlpitos estão vazios, não são púlpitos de Deus!
A pregação do arrependimento para a remissão de pecados e salvação do pecador foi trocada pela pregação de uma libertação mágica, imediatista, muitas vezes teatral e interesseira.
É preciso corrigir a direção que se tem tomado. Os púlpitos precisam se encher de proclamadores de Cristo, de quem exponha a palavra de Deus, sem interpretações fantasiosas e absurdas, de quem quer formar discípulos e não crentes mimados, de quem quer levar uma mensagem para que ouçam, creiam nela, e isso, independente das circunstâncias ou de uma “bênção financeira” de Deus.
“Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem por meio da pregação a respeito de Cristo.” (Romanos 10.17)
Que os púlpitos se encham novamente da boa e “velha” Palavra de Deus!